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Um jardim sem terra que conta com a vantagem de poder vê-lo crescer em casa sem precisar de muitos cuidados e de uma forma totalmente limpa.

AeroGarden é uma horta doméstico inteligente, que pode ser colocada em qualquer lugar da casa. Ele consiste num terminal elétrico que permite plantar e fornecer vários tipos de hortaliças e alguns frutos num ambiente limpo e sem as ameaças comuns dos cultivos externos. O sistema trabalha com a tecnologia aeropônica que se fundamenta em que as plantas cresçam "suspensas no ar" sem o uso de terra. A aeroponia é considerada segura e ecológica produzindo culturas de forma natural e mantendo as plantas saudáveis, com bom aproveitamento de água e energia.


Funcionamento

A tecnologia do Aerogarden é baseada em princípios  hidropônicos  simplificados. Dentro do tanque é colocada uma bomba que empurra a água para o topo da base. Essa a água é distribuída umedecendo as vagens onde as sementes são colocadas. Dessa maneira, as raízes crescem entre o ar e a água que, combinados com os nutrientes em sua medida adequada, fornecem os elementos essenciais para que as plantas cresçam rapidamente.

Depois que a planta germina e emite folhas, as lâmpadas de LED fornecem o espectro ideal de luz branca, azul e vermelha para que a fotossíntese possa acontecer.

O AeroGarden é equipado com um painel de controle para verificar os níveis de água, nutrientes e luz. Plantar as sementes é uma tarefa simples, porque só é necessário introduzir as vagens nos orifícios correspondentes na base e é isso.


Sensores

O terminal é ligado à corrente elétrica e tem um processador responsável por regular os nutrientes necessários, o abastecimento de água e ligar e desligar a luz que simula a luz solar. Ao inserir as cápsulas com sementes pré-plantadas só é preciso adicionar água e nutrientes, ligar, selecionar o tipo de planta e esperar que cresça. O Aerogarden ainda possui um sistema automático que avisa quando tem de adicionar água e nutrientes.


Sugestão de modificação

Um dos processos necessários para que plantas frutíferas (tomates ,pimentões, morangos) se desenvolvam é a polinização. O Aerogarden indica algumas medidas possíveis para que o usuário consiga realizar essa polinização mecanicamente, uma vez que não é comum que pessoas possuam abelhas em suas casas para fazer essa tarefa. As opções que eles sugerem são basicamente: sacudir delicadamente os galhos para espalhar o pólen e colocar um ventilador perto das plantas para que o vento espalhe o pólen.

A minha sugestão é que de repente fosse implementado ao produto uma espécie de motor vibratório, como o dos controles de videogame, de forma que quando fosse necessário iniciar a polinização, ela pudesse ser feita através dessa vibração que "balançaria" as flores pra realizar essa tarefa.


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Foto do escritorRicardo Ferreira

Os desafios de se estabelecer uma boa comunicação entre online e offline através da compreensão das principais forças e fraquezas desses dois mundos.

"As corporações tendem a ver as pessoas como animais audiovisuais – um par de olhos e um par de orelhas conectados a dez dedos, uma tela e um cartão de crédito. Um passo crucial para a unificação do gênero humano é considerar que humanos têm corpos." HARARI, Yuval Noah.

Inicio com essa frase pois ela diz muito sobre o texto que li para elaboração deste post: o capítulo "Os humanos têm corpos" do livro "21 lições para o século 21" de Yuval Noah Harari. O capítulo começa falando de um manifesto de Marck Zuckeberg em que ele se mostrava bastante preocupado com a desintegração das comunidades por conta das tensões e polarizações causadas pelas constantes convulsões políticas. Nesse manifesto ele se comprometeu a lançar ferramentas para facilitar a construção de comunidades. Porém vários meses após isso, o escândalo da Cambridge Analytica - quando dados enviados ao Facebook foram colhidos por terceiros e usados para manipular as eleições em todo o mundo - expôs Zuckeberg ao ridículo e jogou por terra todo seu discurso, diminuindo a confiança das pessoas no Facebook.

A partir daí o texto começa a questionar se seria possível - mesmo com um Facebook mais comprometido com a segurança dos dados das pessoas - construir comunidades humanas seguras. O autor afirma que humanos sempre foram acostumados a viver em grupos de não mais que 10 pessoas e mesmo tendo milhares de amigos em nossas redes sociais, os que realmente conhecemos são muito poucos e substituir grupos pequenos de pessoas que se conhecem por comunidades imaginárias globais tem feito as pessoas viverem cada vez mais solitárias num mundo cada vez mais conectado.

Os esforços de Marck em tentar construir (ou aperfeiçoar) uma IA que conecte as pessoas através de interesses em comum a fim de reestruturar comunidades são louváveis mas acreditar que apenas uma IA é capaz de construir essas comunidades e conectar pessoas é ilusório.

O texto segue falando da importância em criar raízes no mundo offline.

É preciso também que as comunidades criem raízes no mundo offline. Comunidades físicas têm uma profundidade que as virtuais não são capazes de atingir. Se eu estiver doente na Califórnia meus amigos de Israel podem até me enviar desejos de melhoras pela internet, porém não poderão me trazer sopa ou uma xícara de chá. Humanos têm corpos.

O autor segue dizendo que talvez precisemos de ferramentas para nos conectar com nossas próprias experiências uma vez que o que sentimos está cada vez mais condicionado às reações online, e que o teste crucial para o Facebook virá quando eles conseguirem inventar uma ferramenta que estimule as pessoas a passar mais tempo no mundo offline, porém historicamente corporações não foram o veiculo ideal para liderar revoluções sociais ou politicas.

Porém o "plot twist" desse texto vem exatamente no final, quando ao discorrer sobre como as corporações precisam entender melhor nossos corpos para assim criar ferramentas offline eficazes, o autor quase que se arrepende de ter tentado a o longo de todo o texto propor uma aproximação maior entre online e offline. Ele ressalta que tecnologias como Google Glass e Pokemón Go (criados para fundir online e offline numa realidade aumentada) e sensores biométricos e interfaces cérebro computador podem se tornar prejudiciais à medida em que essas tecnologias aumentam seu controle sobre os humanos.

"A compreensão completa do nosso corpo pelos gigantes da tecnologia pode leva-los a controlar todo o nosso corpo e talvez tenhamos saudade da velha separação entre online e offline".

 

Minha visão a converge em muitos pontos com a do autor. Acredito piamente na força das comunidades offline, apesar de presenciar eventualmente o poder da voz e da união das comunidades online. Em meu entendimento online e offline ainda não conversam muito bem, mas assim como o autor vejo com certo temor a evolução "exagerada" das ferramentas que podem ser agregadas a nossas vidas. O humano precisa ter garantida e estimulada a capacidade de fazer coisas por conta própria e escolha própria (assumindo nessa narrativa o contexto de máquinas com autonomia).

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Como os cinco sentidos podem se relacionar para potencializar experiências multisensoriais em projetos de design.



Visão, audição, tato, olfato, paladar... Nossos cinco sentidos, podem se relacionar entre si produzindo uma ou mais sensações sob a influência de uma só impressão. A isso damos os nome de sinestesia. As associações sinestésicas podem estimular a memória, por isso vários artistas, músicos, escritores, dentre outros, mencionam a sinestesia como um importante componente em seus trabalhos. A exemplo, muitos escritores costuma usar metáforas sinestésicas em seus textos para transmitir uma experiência de leitura mais enriquecedora, como neste trecho do autor Mário de Andrade:

“…chuvinha de água viva esperneando luz … com gosto de mato, meio baunilha, meio manacá, meio alfazema…”

Em se tratando de design são inúmeras as possíveis associações entre os sentidos. Lucy Litman nos mostra como associar comida (paladar) e design com seu projeto "Pantone Posts". A premissa é simples, mas visualmente impressionante: usando amostras da Pantone, Litman combina os quadrados coloridos com alimentos da mesma tonalidade.


Agora, vamos fazer uma pequena brincadeira com nosso cérebro. Olhe para a imagem abaixo e tente dizer apenas as cores e não as palavras:


Uma tarefa um pouco difícil né? E é difícil porque o lado esquerdo do seu cérebro tenta ler a palavra e o lado direito insiste em tentar dizer a cor. Aos poucos, vem se descobrindo o valor que as multi-sensações provocam. A associação de mais de um sentido é uma nova informação para a apreensão de significado. Ou seja, conseguimos absorver e fixar mais a informação porque nossa memória tem a possibilidade de ser ativada de formas distintas.


Campanha: "Toda imagem tem um som"


Um projeto que evidencia o uso dos signos visuais, sonoros e verbais, com ligação de significado entre eles é o “toda imagem tem um som”. Ele foi desenvolvido pela agência de publicidade DM9DDB para promover a produtora de som "Saxsofunny". Ao tocar o cartaz este gera um som correspondente à imagem que está no papel. Por exemplo, o cartaz de plástico bolha com a máquina de escrever impressa, ao ser tocado, o estourar das bolhas lembra o som das teclas da máquina.



É cada vez maior a importância dada ao que vem sendo chamado de design multisensorial. As grandes marcas e os designers tem se preocupado com as qualidades que atribuem e que transmitem. Já são inúmeras as lojas que possuem uma fragrância patenteada, basta lembrar do cheiro da Melissa. O mais interessante é que, com a ajuda dessa mistura de sentidos, você pode criar universos que permitem uma experiência única e marcante ao usuário. Assim, você também pode gerar, no público, uma vontade de voltar a esse mundo para repetir o momento.

“O design sinestésico baseia-se no melhor alinhamento possível entre os aspectos do design e a percepção multissensorial dos objetos pelas pessoas” Michael Haverkamp.

Design para os cinco sentidos


Para finalizar deixo aqui um vídeo do designer Jinsop Lee (vencedor do TED Talent Search). Nele Jinsop diz que: "um bom design tem ótima aparênica, sim -- mas por que não pode também ter ótimo toque, cheiro e som?" Aqui ele compartilha sua teoria de "design dos cinco sentidos", com um gráfico útil e alguns exemplos.



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